segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mais uma cá da terra...


As coisas do futebol cá na terra não estão pior, apenas estão cada vez mais na mesma. Depois das arbitragens a dar barraca, chegou a vez das próprias instituições que mandam no futebol luso: a Liga e a Federação. Não consigo entender que a liga tenha feito o regulamento da sua taça e depois ache que era o Vitória de Guimarães a passar às meias-finais, quando estava preto no branco que o primeiro critério de desempate era o goal average. E também não consigo perceber como a 48 horas desses jogos das meias-finais ainda não se saiba se:
- O Benfica joga com o Belém ou o Guimarães?
- Se jogar com uma dessas equipas, apenas o saberá amanhã, a um dia do jogo.
- Será que é preciso novo sorteio?
Um belo exemplo para segunda edição da taça da liga, que ficou com o futebol para que este deixasse de ser4 organizado pelo provincianismo da Federação.
É possível que (mais) esta complicação legal aconteça, apenas por questões burrocráticas, numa estrutura profissionalizada? Também nos dirão estes dirigentes que quem não goste não vá ao futebol? Provavelmente será por estas, e por outras iguais a estas, que os nossos estádios andam vazios, em contraste com os alemães, como é descrito na mensagem anterior. Porque esta situação (que apenas é complicada por causa de uma simples burrice de um legislador e de um aplicador da lei) revela o terceiro mundismo em que estamos metidos (e do qual o futebol é apenas o microcosmos), já que duvido que a mesma pudesse existir em qualquer outro país da Europa (e em muito poucos de África, por certo).
Pelo meio, as parvoíces, e sabichices, dos nossos dirigentes: ficámos a saber pelo presidente do Sportung que o FCP se calhar dá falta de comparência se o Benfica também não jogar na quarta; ficámos a saber que o Benfica pode também dar falta de comparência por não saber com quem vai jogar. E fico a pensar se o FCP vai para Lisboa em suspanse até à última hora para saber se o rival encarnado joga ou não. O que até seria giro...

3 comentários:

Tuga na Alemanha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tuga na Alemanha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tuga na Alemanha disse...

Agora sim, finalmente o comentário corrigido
:-)

Sobre o caso do GA - goal average, na Taça da Liga.
O Belenenses alega que é a divisão do número de golos marcados pelos sofridos.
Quem segue o futebol terá a ideia que Goal Average é a diferença de golos, entre os marcados e os sofridos.
Efectivamente a palavra inglesa average significa média. O GA foi uma forma de escalonar as equipas através da diferença de golos.
Na realidade outros países já só usam Goal Difference, para não haver dúvidas!
Os próprios ingleses deixaram de adoptar o GA, na década de 70 e passaram a usar a expressão de Goal Difference.
Só mais um exemplo.
Imaginemos 2 equipas empatadas com 4 pontos. A primeira marcou 10 golos e não sofreu nenhum. A segunda marcou 4 e sofreu um golo.
Se GA fosse divisão entre os golos marcados e os sofridos, a divisão para a primeira equipa era impossível, não se podendo dividir por zero! E para a segunda 4.
Não há comparação possível entre os valores!
E average (média) de quê? Porquê dividir os golos marcados pelos sofridos? E porque não fazer a média só dos golos marcado por jogo, para incentivar o futebol de ataque?
Afinal o problema é que algumas pessoas que andam no futebol faltaram a muitas aulas de matemática básica!
Temos claramente um problema de incompetência de quem escreveu o regulamento da Taça da Liga.