domingo, 2 de novembro de 2008

Onde é que já vi isto?

Acabei de ver um jogo de bola entre o Benfica e o Guimarães. O Benfica é a minha equipa, já se sabe, o Guimarães é a equipa que o meu sogro mais odeia (porque ele é da Académica e há aquela velha história do caso N`Dinga, tempos em que o António Oliveira dominava o futebol vimaranense).
Poderia ter sido um bom jogo. Todavia chocou com um árbitro que gosta de ser protagonista. Falo do senhor Carlos Xistra. Já o tenho visto fazer boas arbitragens. Ou, pelo menos, até um determinado momento. Mas depois, mete os pés pelas mãos, gosta de uma ou duas decisões polémicas para o mostrarem na fotografia, adora os apupos do público (quanto mais o apupam mais polemicazinha tenta arranjar) e, do ponto de vista disciplinar, excede-se e abranda-se a cada jogada, ora mostrando amarelos a torto e a direito ora guardando-os bem guardadinhos. Enfim, poderíamos estar na presença de um bom árbitro, não fosse esta mania de dar nas vistas.
A verdade é que os árbitros em Portugal estão habituados a aparecer. A que se fale deles. Temos um longo historial de gajos vaidosos e que fazem poses para as câmaras a rivalizar com as do Ronaldo e Nuno Gomes, basta lembrarmo-nos do Jorge Coroado, que esse também dava o dito e oito tostões por uma decisão polémica (e habituou-se tanto a aparecer que agora quer fazer carreira na comunicação social). E, se calhar, é este o grande problema da arbitragem: os rapazes gostam de dar nas vistas, falta-lhes discrição. Querem uma parte do bolo da atenção sobre eles, que se lhes discutam os lances com a mesma paixão que se tecem considerações sobre os sistemas tácticos ou as trivelas e marcações.
E, assim, cá estive eu a fazer-lhes o favor e a falar neles.

Sem comentários: